Para combater a solidão: adote um cão

A solidão é uma epidemia silenciosa que se tem vindo a alastrar lentamente  pelos países desenvolvidos, afetando todas as faixas etárias mas, principalmente, os seniores e os adolescentes. A sua taxa de incidência, bem como as consequências graves que tem em termos de redução da nossa longevidade e qualidade de vida, levou a que um país como o Reino Unido criasse o Ministério da Solidão. Nos tempos que correm pode ser ainda mais difícil manter uma rede social de amigos e familiares saudável. No entanto, há algo que ainda podemos fazer, e isso é adotar um cão ou, um novo melhor amigo.

Benefícios de ter um cão

São vários os benefícios de adotar um patudo, para além da companhia que nos faz, e o facto de sentirmos que estamos a ajudar e a fazer uma boa ação. Sabia que, as pessoas que têm cães, estão em melhor condição física, apresentam melhores indicadores de saúde, são mais organizadas e desenvolvem rotinas mais saudáveis, além de conseguir fazer amigos com mais facilidade? Numerosos estudos mostram que  estas pessoas têm, igualmente, níveis inferiores de pressão sanguínea e de colesterol. Ter um cão ajuda a reduzir o risco de sofrer um ataque cardíaco e melhora as nossas hipóteses de sobreviver e recuperar no caso da sua ocorrência.

Algo importante a ter em conta é que estaremos a dar um novo lar a um dos animais mais leais e melhores companheiros que existem.  Além disso ajudaremos a organização através da qual adotamos a que tenha condições para acolher outro animal.  Não tenha dúvidas: adotar faz de si um herói!

Saiba como fazer

Uma das nossa professoras e responsáveis pelo projecto Oridanza adoptou recentemente uma nova amiga, em Setúbal, na associação O Cantinho da Milu, que é um lar e refúgio para mais de 700 cães.

O Cantinho da Milu é uma Associação Protetora de Animais, sem fins lucrativos, fundada por Emília Silva, que, em 2007 adquiriu um terreno de 25 000 metros quadrados para poder acolher e salvar da rua a centenas de cães. A Associação faz um trabalho incrível para dar uma vida digna a estes animais, com espaços limpos e adequados, onde os cães vivem pacificamente, são bem alimentados, cuidados, bem tratados e recebem o amor e carinho de funcionários e voluntários. Nenhum cão vive acorrentado ou isolado numa box e todos são soltos e circulam ao longo do dia para poder correr, brincar e socializar com outros cães e pessoas.

Os desafios que esta organização enfrenta são muitos, mas o lema da Milu é não desistir e lutar sempre.

Sem lugar a dúvidas são estas palavras sábias que nos podem inspirar, especialmente nos tempos que correm. Quando visitamos este espaço percebemos logo o emocionante trabalho de dedicação e entrega, e o investimento de tempo, energia e recursos que ali está presente. Somos atrapados logo por um sentimento que nos impele a querer ajudar e fazer parte daquela nobre missão.

Adotar um dos patudos é uma das opções e, sem dúvidas, é uma das mais gratificantes. No cantinho existem cães de todas as idades e feitios e é perfeitamente possível encontrarmos um futuro companheiro com a energia e condições certas para nós. Os cães são entregues vacinados, desparasitados, esterilizados e chipados e todo o processo de adoção é conduzido por um funcionário da organização ou pela própria Milu. É preciso fazer uma candidatura e pagar uma taxa de adoção de 30 euros, valor que serve para apoiar o trabalho desta entidade e que é simbólico se considerarmos os custos que nos poupam só em vacinas e esterilização.

Adotar um cão é uma experiência maravilhosa, que muda a nossa vida para melhor; mas, isso sim, pense muito bem se tem tempo e condições para assumir este compromisso e, caso decida avançar, escolha um “cãopanheiro” adequado ao seu tempo e estilo de vida.

Os cachorros são muito fofinhos mas exigem tempo, dedicação, regras e energia e vão, irremediavelmente, fazer alguns estragos em casa. Se prefere ter uma companhia mais calma, porque não optar por um cão adulto, que já tem uma personalidade formada e, à partida, exige menos tempo para passeios ou treinos de obediência.

Escolha sempre um cão com um nível de energia igual ou inferior ao seu. Se você tem alguma idade, ou é uma pessoa pouco ativa, talvez um jovem pastor alemão, cheio de energia, não seja a melhor opção. Quando for visitar o espaço da associação fale também com os funcionários: eles seguramente podem aconselhá-lo sobre qual será o melhor amigo para si.

E se quiser ajudar mas não tiver condições para adotar?

Nem todos podemos trazer um cão para a nossa casa, nem estamos preparados para assumir esse compromisso. No entanto, existem várias formas de poder ajudar O cantinho da Milu a continuar com a sua nobre missão de salvar cada vez mais cães. Uma alternativa à adoção será apadrinhar.

Para isso basta consultar no site da organização os animais disponíveis para adoção e escolher um, preferivelmente dos mais seniores e menos “adotáveis”. Poderá fazer um pagamento mensal de 10, 20, 50 euros, ou o que conseguir, para contribuir com as despesas de alimentação e cuidados do animal. Pode também, quando a pandemia passar, visitá-lo, levar-lhe mimos e levá-lo a passear.

Existem ainda outras possibilidades: tornar-se sócio, efetuar um donativo, organizar campanhas de angariação de fundos, ser uma família de acolhimento temporário, ou adquirir produtos giríssimos, como os sacos solidários.

Para obter todas as informações relevantes sobre como adotar ou apadrinhar um patudo, ou sobre como apoiar o trabalho desta organização pode consultar o seu site, ou entrar diretamente em contacto com eles. Existem inúmeras formas de ajudar, que não custam quase dinheiro, nem ocupam muito tempo. Ajudar os outros é, como sabemos, uma forma fácil de trazer mais felicidade e saúde para a nossa própria vida. E, acredite, adotar um cão pode ser uma das experiências mais gratificantes de sempre. Não perca mais tempo e aja agora!

O cantinho da Milu

Associação “O cantinho da Milu”

www.ocantinhodamilu.com 

adoptar@ocantinhodamilu.com

Vale da Abrunehira. Marateca

Setúbal

 

 

 

 

 

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